quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Você sabe administrar o seu dinheiro?

Certo dia, numa tarde ensolarada em São Paulo, fui tomar um cappuccino com um amigo economista numa cafeteria que adoro. Ambiente agradável, papo vai, papo vem e surgiu um assunto que me interessou bastante: como, financeiramente, fazer as coisas andarem e darem certo na sua vida.

 O que ele me disse abriu meus olhos e trouxe um aprendizado que guardei para mim e, desde então, procuro aplicar na minha vida: o modo de administrar minhas finanças para adquirir bens/serviços que fazem parte dos meus sonhos e desejos, ter uma reserva para os imprevistos – que sempre aparecem – e investir em mim. Tudo parte de uma atitude e de aprender a disciplinar-se.

Vi minha mãe se endividar com cartões de crédito e não gostaria de seguir pelo mesmo caminho. Somando isso às dicas do meu amigo, pude me organizar financeiramente para comprar minhas coisas, fazer minhas viagens e cursos. E como funciona isso?

Primeiramente, disse meu amigo, comprometa com dívidas fixas – gastos que você tem todo mês, como contas de luz e telefone, cartão de crédito, remédios, transporte, alimentação etc. – no máximo 70% da sua renda. É necessário organizar-se, colocar tudo num papel.

Em seguida, com os 30% restantes, guarde ao menos 20% - para se precaver de imprevistos que possam aparecer e para juntar dinheiro para algo que você queira adquirir, como um computador, uma viagem, um carro etc. Esse dinheiro pode ser guardado na poupança e investido, em parte, em fundos que rendem um pouco mais que a poupança e apresentam baixo risco. Se vier a tentação de gastar esse dinheiro, visualize seu objetivo e procure encarar esse valor guardado todos os meses como uma prestação que você está pagando e não pode ter o dinheiro devolvido (mas ao invés de adquirir e pagar depois, você está ‘pagando’ antes).

Por fim, com os 10% que sobraram, divirta-se: vá almoçar num restaurante do qual gosta, vá dançar, presenteie-se. Afinal, ninguém é de ferro e todos precisamos de um momento de lazer.

Para quem está habituado ao cartão de crédito e ao costume imediatista da sociedade atual, é uma questão de mudar de hábitos, de aprender a controlar impulsos e se programar. Não é fácil, mas é possível. E é muito bom quando conseguimos obter algo através do nosso esforço, sem os estresses de dívidas sendo cobradas e ver as coisas fluindo. Eu faço isso e me sinto satisfeita. Bom, não custa tentar. Até porque muitas coisas têm desconto quando compradas à vista.


Patrícia S.

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